Segurança Cibernética Será Reforçada Pelo Governo

Segurança Cibernética Será Reforçada Pelo Governo

Um ataque cibernético noturno levou a Caixa Econômica Federal a tirar do ar, em agosto, os cadastros de FGTS, seguro-desemprego, Bolsa Família e aposentadoria que contêm informações pessoais de milhões de brasileiros.

No Banco do Brasil, um hacker furtou, em dezembro, R$ 524 mil da conta da prefeitura de Iguape, no litoral paulista.

Às pressas, a instituição financeira estornou o valor e montou ofensiva para dobrar a vigilância nas mais de 5 mil contas de cidades que recebem o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Nos últimos meses, invasores ainda tentaram entrar nos dados de mais de 30 milhões de contribuintes guardados pela Receita Federal.

Após vazar a informação de que, em um seminário de segurança cibernética, foi dito que a instituição era pouco atacada, houve um bombardeio de hackers tentando entrar no sistema.

O ONS se adiantou para informar que o sistema de operação não havia sido atingido, descartando a possibilidade de apagão nas cidades.

O GSI não divulga quantos ataques cada órgão sofreu para não estimular os hackers a invadir sistemas menos atingidos, como ocorreu com o Exército.

No último dia 28 de fevereiro, hackers invadiram a prefeitura de Foz do Iguaçu e divulgaram dados pessoais do prefeito Chico Brasileiro.
Ao acessar a página do governo municipal na internet, os internautas encontravam uma mensagem dos invasores.

Diante da ofensiva cada vez mais ousada de hackers aos sistemas operacionais e de informações de empresas de energia, ministérios, bancos federais e polícias, o Palácio do Planalto lançou diretrizes para uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber).

Sob análise do GSI, um documento da Europol – a Agência Europeia para a Cooperação Policial – sugere que a falta de uma legislação nacional sobre segurança cibernética expôs o Brasil como alvo principal dos hackers na América Latina.

A Polícia Federal montou, ainda em 2003, um setor para cuidar da repressão a crimes virtuais, mas, na avaliação de especialistas, a corporação só trata de problemas no “varejo”.
estudo da Europol, que apontou a falta de uma legislação nacional sobre o tema, foi incluído em um relatório de 55 páginas, anexado ao decreto do GSI que criou a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética.

O Gabinete de Segurança Institucional registrou uma onda de e-mails de phishing (tentativa de obter senhas), que levavam a páginas falsas de sites dos mais importantes ministérios.

Na Itaipu Binacional, por exemplo, a previsão é de um desembolso de US$ 950 milhões para atualização tecnológica das unidades geradoras e segurança operacional, nos próximos 14 anos.

O pacote prevê um gasto específico para segurança cibernética, que focará na proteção de futuros sistemas digitais responsáveis pelo controle da usina.

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